segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ventos do Amor Universal no Ciberespaço

-Vou fugir.
-Foge, foge…
Vem ao topo do castelo,
onde o meu tubo amarelo,
solta bolhas de sabão.
Segue-lhes a direcção.
Saem vivas, diminutas,
Atrevidas, voam soltas
ou rebentam-se no chão.

Miríades de arco-íris rubicundo,
elevadas no ar, e dispersas p’lo mundo.
Mas sopra-se o vento suão,
e elas não chegam a Portimão.

- E a albufeira?
Serão capazes, poderão?

- Talvez uma se perca pela beira,
De um fio de ar que subiu,
E assim elevada consiga
Encontrar quem o pediu.

- Onde? Onde?

- Às cinco da tarde à direita,
Se mirares na brisa estreita,
No topo da rocha maior,
Talvez te brilhe ao redor,
Uma bola pequenina,
Rodada de saia menina,
dançando de súbita cor.

(Nasce assim com Ana Bica)

2 comentários:

hum...bi(li)ca(l) disse...

Já aqui tinha passado e não comentei... hoje vim ver se tinhas "postado" mais alguma coisa tua.

Foi inesperado e tão giro escrever isto contigo! Venham mais conversas, destas, das parvas de todo, das outras mais intrincadas... é bom!

Até muito breve

Anónimo disse...

Talvez seja assim que nascemos um no outro, por entre prazeres escondidos nos nossos saudáveis devaneios mentais, em tom crescente, como tudo deveria ser. É muito bom!