quarta-feira, 30 de abril de 2008

Uma Hipótese

A METÁFORA DE NEURATH

Somos como marinheiros obrigados a reparar o seu barco no alto mar, sem qualquer possibilidade de desmontar todas as peças e de o reconstruir em doca seca.
Otto Neurath, Enunciados Protocolares





Para quem já sabe algo
Raramente duvida

Mas…

Quando algumas das nossas crenças
Num abalo sísmico se flectem
Há sempre um tijolo que cai
.alguma coisa em que eu acreditava não funciona
O casco é afectado com o contacto
Vamos ver o rombo
É isolado, coisa pequena
E o sistema de crenças fica de novo restabelecido
Há um rombo grande?
Todo o sistema é abalado
.nada funciona, então
Há que revê-lo, impossível
Sem parar
A presunção acerca da verdade de uma crença só é possível na relação com a verdade de todas as outras crenças desse sistema. A revisão total afunda o barco. Em algo se acredita: o que funda o coerente.



Acredito que consigo atravessar oceanos (contigo).


A hipótese só é viável num todo coerente.


A hipótese é: nós!

Sem comentários: